Lembrai-vos
dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai,
atentando para a sua maneira de viver.
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.
Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é
que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada
aproveitaram aos que a eles se entregaram
Hebreus 13:7-9
Quanta verdade numa só
palavra. Façamos então uma análise detalhada.
Lembrai-vos
dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai,
atentando para a sua maneira de viver.
O versículo sete nos
mostra três verdades muito claras. A primeira, muito óbvia, pastor tem que
falar a palavra de Deus. –Sim, claro.
Isto é muito óbvio! Mas o que, de fato, significa isso? Falar a palavra de
Deus deve causar consequências em quem às ouve (ao menos naqueles que estão
dispostos a ouvi-la e compreendê-la). Essas consequências podem ser tiradas das
Escrituras, que Deus nos deu para que pudéssemos conhecê-lo melhor.
Efésios 6: 17 diz que a
Palavra é a espada do Espírito. A metáfora feita é bastante clara se pensarmos
que a Palavra é nossa arma. –Mas contra o
que lutamos?
Porque
não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
O papel do pastor,
nesse caso, é munir suas ovelhas com a espada da Palavra. E principalmente,
ensinar os seus a lutar os bons combates, não os combates vãos. Quantos e
quantos pastores estão se xingando nas redes sociais, ou fazendo guerrinha de
influência na televisão. Ou ainda, em vez de ensinar a doutrina para que suas
ovelhas saibam distinguir o certo do errado no mundo em que vivemos, fazem um
ensino extremamente tradicionalista e castrador do pensamento. Criam uma massa
de manobra dentro das igrejas. A guerra, nesse último caso, é dos
“esclarecidos” contra os esclarecidos. Essas são realmente as guerras do
cristão?
Mateus 4:4 diz que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que sair da boca de Deus”. Ou seja, a Palavra de Deus não só é
capaz de nos dar vida (como força motor, criadora), mas também nos sustenta em
nossa fé, em nossa caminhada. Quando Jesus disse isso, ele estava
sendo tentado durante um tempo de jejum, e, através dessa Palavra, Ele repudiou
a tentação. Temos que tomar isso como lição, e dizer que a Palavra é maior que
a nossa tentação, por mais incrédulos que sejamos. Que palavras nossos pastores
estão nos dando para lidarmos com as nossas tentações? Estão sendo “demasiadamente misericordiosos” e
dizendo que “é assim mesmo, isso faz
parte da sua personalidade. Não há porque mudar”, descaradamente
massageando o ego dos fiéis? Ou estão denegrindo a figura humana das suas
ovelhas, com um discurso que, de tão duro, em vez de gerar arrependimento, gera
ódio, ira, etc.?