A palavra apologética tem a mesma origem da
palavra apologia, que,
holisticamente, significa “fazer defesa a uma ideia”. A prática da apologética
cristã, primeiramente é Bíblica, pois é através dela que defendemos nossa fé de
ensinos estranhos, além de creditarmos o cristianismo como algo veraz, que
realmente mereça justiça junto ao meio em que vivemos. Através da apologética
podemos tirar o conjunto de crenças cristãs da prateleira das “superstições
religiosas” e dar a elas toda uma significância lógica e filosófica que nos
ajudará a cumprir o pedido da primeira epístola de Pedro
Antes, santificai
ao Senhor Deus em vossos corações; e estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir
a razão da esperança que há em vós,
1 Pedro 3:15
1 Pedro 3:15
Contudo, além de dar a
razão da esperança cristã, a apologética, ao longo da história, teve de
desenvolver métodos para defender a fé cristã e o direito do cristão
professá-la (principalmente em tempos de perseguição religiosa). É claro que
nos tempos atuais, em países com diversidade e tolerância religiosa, não há
mais a mesma perseguição aos cristãos como havia nos primeiros séculos (em que
o cristianismo era visto como uma ameaça para os governos), portanto, os
motivos apologéticos, hoje, são, por assim dizer, muito mais didáticos
(refutando heresias e ensinamentos antibíblicos) do que voltados para a
proteção do cristão.
Abaixo, algumas
acusações contra os cristãos primitivos e alguns desafios da apologética dos
primeiros séculos.
1- Os cristãos mantêm relacionamentos
incestuosos. Por tratarem-se uns aos outros por
irmãos, aqueles que viam ao cristianismo como ameaça acusavam aos cristãos de
incesto. Os apologétas deveriam gastar um tempo explicando toda a cosmovisão da
criação cristã até a adoção de todos os cristãos por meio de cristo para
resolver o caso.
2- Os cristãos não adoram a nenhum
deus.
Sim, por mais paradoxal que possa parecer, essa era uma acusação comum contra
os cristãos. No imaginário coletivo da antiguidade, havia uma relação entre a
divindade e sua imagem. Entretanto, Deus, desde o sempre, quis abolir que se
fizessem imagem para Ele. Por isso, os religiosos daquele tempo constantemente
caluniavam o cristianismo relacionando-o com alguma forma de ateísmo.
3- Os cristãos são politeístas.
Em contrapartida da falácia de que cristãos na verdade eram “ateus” (porque não
adoravam a nenhuma imagem de deus); algumas pessoas ainda diziam que os
cristãos eram politeístas porque criam não em um, mas em três deuses. Não havia
um entendimento pleno da trindade (e isso, inclusive, levou vários teólogos
antigos a criarem heresias sobre o assunto).
4- Os cristãos são canibais.
Essa infâmia era usada embasada no momento da ceia, em que os cristãos diziam
comer a carne e beber o sangue de um homem morto.
Nesta era em que
vivemos, os que se dizem apologétas tem outros desafios para driblar, abaixo
chequemos quatro deles.
1-
Apologétas
são religiosos. Infelizmente, espalhou-se no
evangelicalismo brasileiro que ser religioso é algo ruim (ignorando-se
totalmente o real significado da palavra religião). É claro que uma
religiosidade automatizada e sem significado, que não consiga levar nenhum de
seus conceitos para a prática verdadeira, também não é algo bom. Infelizmente,
os apologétas modernos são vistos dessa forma. Somos os neo-fariseus sob os olhos de muita gente e, tanto em conduta quanto
em discurso, precisamos, constantemente, refutar isso.
2-
Apologétas
são do contra. Não é preciso nenhum curso acadêmico
para notar que o cristianismo no Brasil sofre com vários cânceres que foram
trazidos para dentro da igreja (teologia
da prosperidade, confissão positiva, liberalismo teológico, etc.). É
natural que aqueles que queiram defender a fé cristã tenham que, por diversas
vezes, se colocar contra movimentos gigantes. Por isso, normalmente, recebemos
o cunho de do contra.
3-
Apologétas
são espiritualmente frios. Isso acontece porque o cristão
brasileiro, em geral, ainda não entendeu que tudo o que se faz dentro da igreja
é algo (supostamente) teocêntrico e, portanto, teológico, e que há teologia boa
e má. Em geral, quem ganha um pouco mais de aprofundamento teológico e passa a
ser mais crítico em relação ao que se faz dentro da igreja fica taxado de frio
(sem necessariamente o ser).
Religião do latim religare significa ligar de novo, Religar, no nosso contexto a obra de Cristo nos Religa a Deus! (Onde dantes fomos "desligados" pelo pecado)
ResponderExcluirPaz seja convosco